Não durou muito tempo após publicação do Fala Galo, como relatado na matéria anterior sobre as “travas” do Alvará de Obras, e a secretária da SUREG (Subsecretaria de Regulação Urbana da PBH), Maria Caldas, prontamente retornou à ligação para que pudéssemos afinar sobre as pendências do parcelamento de obra e seus prazos. Segundo a gentil e solícita secretária, existe uma agenda, mas o processo será mais célere, ou seja, se antecipará ao dia 05 de agosto na sua apreciação.
“Não vejo problemas no momento, mas vamos analisar. Sabemos que o licenciamento correu com vários problemas, mas isto não ocorre agora, a equipe, arquitetos e profissionais do empreendedor estão mais preparados, tinham muitas dúvidas. Desta forma, não vou precisar data, mas podem entrar em contato comigo na segunda-feira próxima (20), que darei um parecer mais preciso sobre as liberações. Não estressem neste momento, há outras preocupações. As coisas agora precisam de verificação e pequenos ajustes. Como dito, passamos por um processo difícil, você sabe. Mas o projeto arquitetônico também será apreciado aqui e não demorará, me ligue na segunda-feira. O processo está no seu final, tranquilize a torcida, obrigado! ”
O Fala Galo apurou que a prefeitura de BH postergou, a princípio, para 05 de agosto uma nova análise sobre a liberação do alvará definitivo das obras da Arena MRV. Em consulta prévia, informamos que a Arena já protocolou documentos e análises por mais de uma vez, e as idas e vindas começam a travar o progresso da obra.
Falta do Alvará já atrasa fundações da obra
Neste contexto, para entendimento do torcedor, o momento da obra e seu cronograma precisa contemplar as seguintes etapas de atividades básicas:
Canalização do córrego – em andamento – em dia
Contenções – em andamento – em dia
Movimentação de Terra – em andamento – em dia
Fundações – precisam do Alvará de Obra – Devia ter começado na primeira quinzena de julho
O que falta para a liberação do Alvará e as etapas
Em pesquisa recente, o FG confirmou que a Arena MRV protocolou na quarta-feira (15), o segundo ajuste solicitado pela SUREG (Subsecretaria de Regulação Urbana da PBH). Pela pesquisa, os ajustes são corriqueiros, habituais e poderiam ter respostas mais céleres do órgão municipal. Sendo assim, o prazo agendado para análise da liberação do parcelamento do solo para o início de agosto, pode gerar um atraso considerável na etapa de fundação da obra.
O processo de liberação do alvará deve passar por duas etapas básicas, são elas:
Etapa 1 – Liberação do parcelamento do solo (diz sobre os limites do terreno e suas áreas respectivas);
Etapa 2 – Análise e liberação do projeto arquitetônico definitivo.
O status atual está na fase 1, que é de liberação do parcelamento de solo. Desta forma, só em agosto esta etapa deverá ser vencida, se ainda não ocorrerem outros retornos e novas solicitações da PBH. Todavia, ficará a etapa 2, que será a liberação do projeto arquitetônico, após apreciação também dos órgãos competentes da prefeitura de Belo Horizonte. Ou seja, o processo de legalização da obra já impacta no cronograma e pode trazer consequências no tempo, produtividade e custos do empreendimento.
Resumindo ao popular: a não liberação do alvará de obra definitivo prende etapas que já podiam estar em andamento. Entretanto, não para o que já está sendo executado, mas limita progressos, produtividade e isto também pode acarretar mais custos à construção da Arena. Afinal, quanto mais tempo, mais custo de obra.
*Tentamos agora há pouco, contato com a secretária da SUREG que pediu que retornássemos o contato dentro de uma hora. Qualquer atualização relevante, publicaremos no falagalo.com.br
***CONSEGUIMOS NO FINAL DA TARDE DESTA SEXTA-FEIRA (17), CONTATO COM A SUREG. CLICA AQUI E LEIA A RESPOSTA.
A primeira bandeira costurada por Dona Alice Uma aula que se matou no Parque Municipal O Galo de Zé do Monte Um suor transformado em sangue por um ideal
A filosofia de fortalecer no amor De punho cerrado pro ar Um bicudo aos 48’ no azar A essência de sorrir mesmo com dor
Um novo tempo começou Antes o beija-flor no ar parou Abraçados na injustiça de 81, pai e avô Gol espírita do Miquica, por favor!
Não quero te contar do que passou, meu grande amor A memória é uma mesa de domingo em família Ela diz do Antônio Carlos ao Califórnia Fala da amargura de 77 com poesia, codifica em alegria
A nossa casa é um terreno em planta E nem todos estarão no cortar dos laços, Sr. João Marques, um abraço Pode ser que se pereça o tempo e os passos Nunca a justiça dos abraços
Suas listras sempre multifacetadas, do nada ao tudo Um bruxo cheio de dentes em todo espectro da luz Uma estrada sempre de pedras e tachinhas Tiramos todas com a bomba do Éder
Esperança ainda que tardia A casa própria O Galo é verbo da melodia Quando o Galo vence, Jesus lá de cima sorri
Andou reto num país de encobertos Passou por todas as condicionantes em vários endereços além da Afonso Pena Mas o travesseiro era mais leve que um poema O poleiro sairia contra o mau agouro, ainda que tardia, o travesseiro dos outros não sei, havia?
O Atlético nunca foi dos donos de supermercados ou jornais, sinais Sua construção não foi ter a lata ou a fachada paradoxal Mas o Galo, por vezes, juntou os cacos e as bandeiras, sem queimar seu ideal Construiu sua história na raiz, no lastro visceral e imortal, edificação social
A vida é um rastro no chão e há marcas que estão no terreiro Não se passa por acaso a estadia, mas o suor da luta valoriza a alegria, filantropia A janela é de quem faz bem feito O sentimento atleticano não oxida o peito
Até sofreu, enxugou seu choro na bandeira e disse: “não volto mais” Na semana seguinte estava na Rua de Fogo dizendo: “falei de nervoso” O pão do atleticano é um ingresso O ingresso do atleticano é o pão, meu irmão
Chegou a hora de fincar a bandeira de Dona Alice Marcar território no simples, com gente, queimando carvão O atleticano, a tal da “cachorrada”, povo marcado por sorrir mesmo na dor, comunhão A casa é da Massa, a liberdade, ainda que tardia, mas entope aí de gente, meu amor
Eu vi muitos homens no Gelo, honrando Minas, estive presente em cada jornada aberta E a coisa mais certa de todas as coisas Não vale mais que dividir o pão com o irmão O pão dividido é o ingresso, o ingresso para o atleticano é o pão
A nova casa é um terreno em planta E nem todos estarão no cortar dos laços, Sempre e Roberto Drummond, um abraço Pode ser que se pereça o tempo e os passos Nunca a justiça dos abraços
A cachorrada quando machucada lambe as feridas, cicatriza Está no bom e no péssimo É o olho de um cego Cachorro, do preto ao branco, perdoa, não tem ego
Marcando território, fincando bandeira Teu amor a tudo brilha e cheira com magia, sinestesia A sua taça agora é uma escavadeira, o beijo é um CPII e o subir da estrutura O amor que se constrói na raiz não chega por fax, não se compra na feira.
Esperança ainda que tardia, o Galo é verbo da melodia!
Galo, som, sol e sal é fundamental!
Arena MRV vem aí, uai sô!
Na sequência das 112 curiosidades da Arena MRV, separamos a parte 2 para informar de forma ampla (macro) sobre:
As etapas principais da obra – Macro – para uma noção básica;
População e distâncias dos principais pontos à Arena MRV;
Atualização do cronograma físico-financeiro;
Portal da Transparência, e “real time”;
Show só dentro da Arena;
O verde da Arena e o aproveitamento de água da chuva;
O plantio de 46.000 mudas;
Saúde, educação e academia da cidade;
PMR, vagas, assento obeso e banheiro família
Antes, porém, quem quiser acessar e colecionar a Parte 1 das 112 curiosidades (da curiosidade 1 a 28) pode clicar aqui.
Etapas da Obra – Macro (da curiosidade 29 a 33)
29 – Etapa 1 – Serviços preliminares e mobilização, incluindo supressão de vegetação e limpeza do terreno – estimativa – mês 0 ao mês 3;
30 – Etapa 2 – Terraplanagem / Fundação e Contenção (movimento de terra – corte e aterro, drenagem provisória, contenções, fundação profunda, fundação rasa e reaterro para fundações rasas) – estimativa – mês 2 ao mês 12;
31 – Etapa 3 – Montagem da superestrutura pré-moldado de concreto/metálica, fechamentos, drenagens definitivas e fechamentos – mês 8 ao mês 30;
32 – Etapa 4 – Execução do estacionamento e esplanada – mês 7 ao mês 30;
33 – Etapa 5 – Implantação de piso de concreto, impermeabilizações, cobertura-fechamento instalações elétricas e hidráulicas definitivas, elevadores, acabamentos, gramado e arquibancada, pavimentação e paisagismo, acessos viários e área externa. – mês 23 ao mês 30.
Observação: obviamente, o ambiente de obra é extremamente dinâmico, contudo, respeita técnicas e planejamentos básicos para que o cronograma seja levado à risca e que seus prazos sejam cumpridos. Em vários momentos a obra terá várias frentes de serviço, e não necessariamente, uma etapa precisa acabar totalmente para a outra iniciar. Engenharia é a arte da humildade e da boa comunicação. Por fim, algumas atividades devido às inúmeras variáveis, incluindo as de clima, podem alternar tarefas, claro, mantendo a técnica e a boa engenharia.
População do entorno e distâncias dos principais de BH e Região Metropolitana (da curiosidade 34 a 41)
34 – A Arena MRV está localizada na Regional Oeste, com mais de 300.000 habitantes. Estará a apenas 8 Km da região do Barreiro, que habita cerca de 300 mil pessoas. Além disso, está mais próxima de Contagem e Betim, que têm juntas, mais de 1 milhão de habitantes. Ou seja, apenas no entorno do estádio haverá um potencial de mais de 1,6 milhão de pessoas;
35 – Centro-sul – Arena MRV – 12,9 KM;
36 – Região Norte – Arena MRV – 18,1 KM;
37 – Região Leste – Arena MRV – 12,8 KM;
38 – Região Barreiro – Arena MRV – 8,4 KM;
39 – Região Oeste (Região da Arena) – Arena MRV – 0 a 8,4 KM;
40 – Contagem – Arena MRV – 9,3 KM;
41 – Betim – Arena MRV – 27 KM.
Atualização, transparência e o verde da Arena (da curiosidade 41 a 47)
42 – Será desenvolvido um Portal da Transparência para informar tudo sobre os andamentos físico-financeiro da obra (em andamento);
43 – Além do Portal da Transparência (em andamento) será criado no site da Arena MRV um “real time” da evolução da obra e seu cronograma;
44 – Área permeável de 49.001,63 (42,10%);
45 – Praça Linear – O Projeto Paisagístico da Forma Garden contempla uma praça linear com um grande pergolado para proporcionar sombra e escala humana. Haverá uma jardineira que fica à margem da esplanada, além de arbustos e forrações foi especificado o Areca Bambu (espécie considerada pela NASA como purificadora do ar), formando um grande plano de fundo, ambientando o espaço proporcionando, desde o início do plantio, sombra, barreira sonora e visual;
46 – Ilhas Modernas – Nas caixas de escada que dão acesso do estacionamento à esplanada e na lateral dos volumes dos banheiros, foram criadas jardineiras para ambientar este espaço. As espécies vegetais cumprem a função de tirar esta sensação de aridez. As Palmeiras que são mais resistentes à irradiação da laje e à forte insolação foram dispostas para marcar verticalmente estas ilhas;
47 – Ao chegar na esplanada, contornando os acessos serão executados trechos arborizados com árvores nativas, mantendo uma harmonia visual e deixando um tom mais agradável no entorno. A ideia também é criar uma barreira natural de ruídos para o bairro, além de proporcionar sombra e ambiência agradável.
Show só dentro da Arena, aproveitamento de água das chuvas e plantio de 46.000 mudas (da curiosidade 48 a 50)
48 – A Licença de Instalação concedida em 20 de dezembro de 2019, pondera na condicionante 35: “Realizar shows somente na área interna à Arena. Sendo vedada a utilização da esplanada para essa finalidade”. Desta forma, o documento aprovado, por ora, não permite qualquer show na esplanada. O exposto deve-se aos níveis de ruídos e o inconveniente que isto geraria aos moradores do entorno;
49 – No requerimento da Licença de Operação (para o estádio entrar em funcionamento), a Arena deve apresentar um plano detalhado de uso e manutenção do sistema de aproveitamento de água pluvial (chuvas) e do sistema de infiltração de água pluvial;
50 – A Arena MRV deverá realizar a produção e plantio de 46 (quarenta e seis) mil mudas em locais a serem indicados pela PBH.
Saúde (da curiosidade 51 a 52)
51 – “O empreendedor irá custear toda a construção do novo Posto de Saúde no Bairro Califórnia no mesmo terreno onde se localiza o Posto de Saúde atual, além de implantar os equipamentos e mobiliários necessários para uso de modo satisfatório pela população do entorno, até o valor de R$6.000.000,00 (seis milhões de reais), de forma similar ao contrato de concessão administrativa entre a Secretaria de Saúde do Município de Belo Horizonte (SMSA) e a SPE – Saúde Primária BH S/A, em regime de Parceria Público Privada – PPP para a prestação de serviços não assistenciais de apoio e infraestrutura à rede de Atenção Primária à Saúde, objeto da Concorrência Pública N° 008/2011, que prevê a implantação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) no município.”
52 – “Além dessa implantação do novo posto de saúde, pretende-se que a Secretaria Municipal de Saúde possa usufruir da área destinada da esplanada para outras ações na área da saúde. Nesse sentido, também foi acatada a proposta do órgão da municipalidade de uso da área da esplanada para ações voltadas para a Saúde Preventiva que atualmente são realizadas em espaço locado pela Prefeitura. O espaço utilizado para uso de ações preventivas será vinculado ao novo Posto de Saúde do Bairro Califórnia. Desta forma, a Arena contará com um espaço que servirá como um Anexo da Unidade Básica de Saúde do Conjunto Califórnia, com 313,42 m² de área útil, para desenvolvimento de atividades vinculadas ao Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) da Prefeitura de Belo Horizonte. O NASF tem como objetivo fortalecer a atenção primária da população, a partir do desenvolvimento de atividades voltadas para a promoção da saúde, bem como a prevenção de doenças e tratamentos, fortalecendo e aumentando o escopo de ações da UBS. Estas atividades são desenvolvidas por profissionais das áreas de nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, educação física, psicologia e assistência social. O espaço na Arena Multiuso será utilizado para o desenvolvimento de atividades coletivas, tais como grupos operativos, grupos terapêuticos, oficinas, práticas integrativas complementares e práticas corporais. Portanto, o espaço não será utilizado para atendimentos específicos e individualizados de atenção à saúde”.
Educação, academia, PMR, banheiro Família e assento obeso (da curiosidade 53 a 56)
53 – CLIC – “Implantar o Centro de Línguas e Inovação e Criatividade – CLIC com área construída de aproximadamente 616 m². Estão previstos espaços de aprendizagem para a realização de aulas de idiomas para estudantes da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, buscando desenvolver habilidades de ler, escrever, ouvir e falar em línguas estrangeiras. O espaço também contará com laboratório de línguas onde os alunos terão acesso a ferramentas digitais de aprendizado. ”;
54 – Academia da Cidade– “Neste projeto também está prevista a implantação de academia de ginástica, dentro do projeto da SMSA, denominado “Academia da Saúde”, terá como objetivo promover a saúde e contribuir para melhoria da qualidade de vida da população, a partir do condicionamentofísico. A estrutura da Arena Multiuso permitirá o desenvolvimento de atividades tais como ginásticas, danças, jogos, esportes, lutas ecaminhada orientada. A infraestrutura será dotada de salão de atividades, sala de avaliação física, administrativo copa, almoxarifado e instalações sanitárias. Possuirá uma área útil de 206,27 m²;
55 – Das 2345 vagas de garagem do estádio, 52 serão para Portadores de Mobilidade Reduzida (PMR) e 120 vagas para idosos. Todo o acesso ao estádio contemplará rampas e elevadores para os torcedores. Além disso, haverá “banheiros família” que serão compartilhados com os banheiros (PMR). Sempre próximo da bateria de banheiros de uso geral, haverá uma instalação sanitária PMR para cada sexo, sendo ambas dotadas de mesa para troca de fralda, atuando também como banheiro família;
56 – Em todos os setores haverá vagas para torcedores PMR (Portador de Mobilidade Reduzida) num total de 912 vagas, além de 1407 vagas para assento obeso.
A Arena MRV, futura casa do Atlético, é um grande sonho para os torcedores, principalmente após a reforma do Independência, quando o então presidente Alexandre Kalil fechou contrato com a BWA Arena, em 2012.
Ao final do ano de 2017, o conselho deliberativo do time aprovou a venda de 50,1% do Shopping Diamond Mall, o que viabilizou financeiramente a construção do estádio. Acreditou-se que no ano seguinte as obras já se iniciariam. Porém, foi uma longa jornada burocrática até a liberação das obras, em dezembro do ano passado.
Atualmente, o cenário é de bastante dúvida e especulação, pelo lado do torcedor atleticano, sobre futuro da arena. Uma delas é a questão do preço do ticket médio, abordada pelo professor Denílson Rocha, em bate-papo pelo FalaGalocom o CEO da construção. Bruno Muzzi afirma que o preço tende a subir.
“A primeira coisa que está no nosso plano de negócios é que não estamos considerando um ticket médio de R$43,00, estamos considerando um ticket médio abaixo. Segundo, que eu acho que o “efeito arena” muda completamente a realidade do que era para o que será.(…) Ele (ticket médio) sobe em média 130% em alguns clubes. Nós estamos considerando um ticket inferior, mas mesmo assim será superior (ao ticket atual de R$ 24,00). Se a performance do time acompanhar é uma resultante positiva.”
O time do Grêmio, por exemplo, obteve a média de 21.557 pagantes, 10° colocado na lista de maiores médias de públicos em 2019. O ticket médio do tricolor gaúcho foi de R$ 46,00. Já torcedor palmeirense, pagou em média R$56,00 no ingresso, mas ocupou o 3º lugar em número de público no mesmo ano. Os fatos ilustram que a fala do CEO sobre o desempenho do time acompanhar o público nos estádios é de extrema pertinência, uma vez que o Palmeiras disputou fortemente o título de campeão brasileiro 2019, com especulações de que no primeiro turno poderia ser campeão do campeonato que gera o maior número de jogos em casa.
Tendo em vista essa perspectiva, o Atlético precisa mostrar não só a sua nova casa, mas fazer dela um lugar com grandes jogos e títulos. A expectativa é alta desde a vinda de nomes como Jorge Sampaoli e Diego Tardelli e também agora com a retomada dos treinos na Cidade do Galo.
Em entrevista exclusiva ao Fala Galo, Bruno Muzzi, CEO da Arena MRV, revelou informações importantes da construção da casa atleticana. A obra teve início no dia 20 de abril e, com isso, detalhes da comercialização, cronogramas e valores ainda são desconhecidos por alguns torcedores.
Bruno destacou como a parte comercial é importante nesse momento, pelo impacto econômico causado pela pandemia da covid-19.
“O ‘time’ do lançamento dos produtos e da venda tem que ser muito bem estudado. A ideia é ter um esforço comercial e se adaptar as demandas para podermos buscar os recursos”.
A possibilidade da contribuição do torcedor também foi detalhada na entrevista. Segundo o CEO, será apresentado a massa atleticana um Centro de Experiência e uma plataforma de financiamento coletivo, que terá diversos produtos e pacotes. Em breve, também pensando nos torcedores, será lançado um portal de transparência com todos os custos, acompanhamento das obras e evolução dos cronogramas.
Comercialização
A Arena MRV, que no início foi planejada para receber 41 mil espectadores, já aumentou a capacidade para 46 mil. Dentro desse número, todas as divisões de camarotes, cadeiras e setores já foram feitas.
“Hoje temos 68 camarotes, onde cabem cerca de 20 pessoas em cada, divididos por setores. Os preços vão ser mais acessíveis do que em São Paulo, teremos cadeiras com e sem marcação”, explica Muzzi.
Os preços das vendas para torcedores e os valores de contrapartida, que incluem custos de licenciamento, também foram abordados pelo CEO. Bruno ainda falou sobre o cronograma das obras e detalhou o plano de negócios da Arena MRV. A entrevista na integra pode ser vista no Canal do Fala Galo no Youtube.
Um clássico embate comum em jogos do Atlético é: SENTADO x EM PÉ. Pois é! Diante da necessidade de ser multiuso, gerar opções várias de receitas e possibilidades, a Arena MRV, prevê duas opções para seu projeto no setor de torcidas organizadas: o primeiro leiaute sem assentos e o segundo formato com assentos, caso não seja permitida a retirada das cadeiras deste setor.
O que impede “sem cadeiras”? Como “funciona” pelo Estatuto do Torcedor
O Estatuto do torcedor através da LEI No 10.671, DE 15 DE MAIO DE 2003, prevê locais para o torcedor ficar em pé em estádios existentes antes da lei entrar em vigor, conforme o 1º parágrafo do Artigo 22. Além disso, faz valer que todos os ingressos emitidos sejam numerados e que o torcedor ocupe o local correspondente ao número constante no ticket.
“§ 1o O disposto no inciso II (a exigência de cadeiras – grifo nosso) não se aplica aos locais já existentes para assistência em pé, nas competições que o permitirem, limitando-se, nesses locais, o número de pessoas, de acordo com critérios de saúde, segurança e bem-estar. ”
Além do texto com nível de exigência questionável pelo poderio econômico do brasileiro, pelas suas peculiaridades e costumes, a preocupação é que falte o engajamento, o local para o tremular das bandeiras com a opção de estar ali ou não estar. Há em todo lugar, setores de concentração mais agitados e de maior movimentação. Há, contudo, lugares mais escolhidos para a família, para idades diversas, ou seja, o estádio de futebol em um jogo do Atlético é o sinônimo máximo da pluralidade e da mistura social. E há lugar para todos. Por fim, ter o lugar para o torcedor “em pé” flexibiliza opções de valores de ingressos e devolve ao povo a opção, a escolha.
Proposta de Lei Estadual – Espaços sem cadeiras
Desta forma, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, através de proposição do deputado Gustavo Valadares, aprovou o parecer para o PL 1.401/20 que pretende ter espaços sem cadeiras também para os novos equipamentos. O texto foi apreciado pela Comissão de Esporte, Lazer e Juventude da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 10/03/20.
O PL 1.401/20 regulamenta o 1º parágrafo do artigo 22 da Lei Federal 10.671, de 2003, que dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor. O objetivo é garantir que estádios de futebol tenham espaço destinado aos torcedores que desejam acompanhar as partidas em pé.
O relator do Projeto Lei, o deputado Zé Guilherme afirma, em seu parecer, que o projeto contribuirá não somente para democratizar o acesso aos estádios, como também para “dirimir potenciais conflitos entre torcedores que desejam assistir aos jogos assentados e aqueles que o desejam fazer em pé”. – Texto retirado do site da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Sem cadeiras – Preço menor
A Comissão de Esporte propôs o substitutivo n° 2, que mantém limitados a 20% da capacidade total do estádio os setores sem cadeiras. A garantia de que os valores cobrados pelos ingressos para os torcedores que ficarem de pé serão inferiores aos valores dos demais setores do estádio, conforme precificação definida pelos clubes e após estudo de viabilidade econômico-financeira, se mantém do texto original, apesar de ter sofrido modificações de redação apenas para garantir maior clareza.
Status do Projeto de Lei PL1.401/20
O projeto de Lei 1.401/20 precisa passar por sete (7) etapas e já está na etapa (3) que é a apreciação em 1°turno no plenário. A sequência da tramitação é: aprovação em 1°turno, 2°turno de comissões, 2°turno de plenário, Redação Final e Sanção, Promulgação e Veto. Desta forma, a possibilidade da Massa Atleticana tremular suas bandeiras, em pé, na Galoucura, deverá se confirmar com a aprovação da lei antes mesmo da Arena ficar pronta.
Se o futebol não movimenta, a terra não para na Arena MRV. Movimentação de terra segue firme no Terreiro do Galo. Em vídeo disponibilizado pelos parceiros do Bar do Galo, podemos ver que a movimentação de terra segue como o planejado.
O Fala Galo vasculhou documentos e teve acesso ao formato de pagamento da negociação consolidada entre Multiplan e Atlético para a venda parcial de 50,1% do shopping Diamond Mall. A princípio, o valor em 2017, era de R$ 250 milhões, foi corrigindo ao longo do período e finalizado no fim de janeiro de 2020 em R$ 296,77 milhões.
Números Multiplan oficiais e formas de pagamento
“Em 20 de janeiro de 2020, a Companhia (Multiplan) concluiu a aquisição celebrada em 3 de julho de 2017 com o Clube Atlético Mineiro, através do Instrumento Particular de Compromisso de Compra e Venda e Outras Avenças Subordinado a Condições Suspensivas, objetivando a aquisição de 50,1% da participação do Clube Atlético Mineiro no shopping center Diamond Mall pelo valor de R$ 268 milhões, sendo R$ 296.773.000,00 o valor atualizado na data do fechamento da operação.
Desse montante, R$ 5.935.000 já foram pagos. O saldo restante de R$ 290.838.000,00 será liquidado em 36 parcelas mensais e consecutivas da seguinte forma:
uma parcela no valor de R$ 23.742 (milhões) em 45 dias contados do fechamento da operação;
três parcelas mensais no valor de R$ 11.871 (milhões);
duas parcelas mensais de R$ 8.903 (milhões);
e trinta parcelas mensais no valor de R$ 7.123 (milhões).
Todas as parcelas serão atualizadas monetariamente pela variação do CDI.
Observação: o pagamento da parcela de R$ 23.742.000,00 deverá ser efetuada ainda nos próximos dias desta semana, já que, em função do coronavírus e ajustes na Junta Comercial, entre outros órgãos e/ou documentos atrasaram este procedimento.
Observação 2: apesar do parcelamento ser em tempo superior ao projetado para a Arena finalizar, há acordos e possibilidades de antecipação para favorecer o fluxo de caixa. Além disso, compras de materiais e pagamentos também tem prazos e preços negociáveis.
Como a conta deve fechar (em números arredondados) – Estimativa apurada
Como informado pelo Fala Galo, a previsão estudada e possível para fechar os custos da obra é:
R$ 410 milhões – Orçamento inicial;
R$ 80 milhões – Intervenções Viárias + Compensações + Contrapartidas
R$ 50 milhões – Inflação e variação de preços + Imprevistos possíveis
Total ____________________________________________R$540 milhões
R$ 296,77 milhões – Multiplan
R$ 60 milhões – Naming Rights (direito de uso do nome pelo tempo de 10 anos com possibilidade de renovação)
R$ 100 milhões – Venda de Cadeiras + Camarotes
R$ 83,23 milhões – Ações específicas na arena (eventos + uso de estacionamento e outros)
Total ___________________________________________R$ 540 milhões
Fechando as previsões de despesas e receitas em R$540 milhões, obviamente, a gestão buscará reduzir estes custos aproximando dos R$ 500 milhões.
Porém, mantendo as possibilidades mais conservadoras de aumento de custos em função do cenário econômico e entendendo um empreendimento para 46.000 pessoas, o custo construção/cadeira chega em R$ 11.739,13, que torna viável o custo de construção da Arena Multiuso. Esta anseia por lucrar com um ticket médio inicial de R$ 43,16, no primeiro ano, cerca de R$ 27,18 milhões, mesmo estimando gastar anualmente R$ 19,19 milhões/ano para operar o equipamento(dados da proposta inicial de venda parcial do Diamond). De qualquer forma, a frase que tranquiliza o torcedor e mais ratificada pelos gestores do equipamento é: “Recursos da Arena MRV serão obtidos pela Arena MRV”.
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