Ex-presidente do Conselho Deliberativo revela que Atlético teve a chance de contratar Bruno Henrique em 2016

 

Por Hugo Fralodeo

E se o Atlético tivesse contratado o atacante Bruno Henrique em 2016? Tão difícil quanto voltar ao passado para descobrir é fazer uma projeção do que poderia ter acontecido. Mas podemos imaginar, umas vez que isso quase aconteceu. Pelo menos é o que conta Rodolfo Gropen, ex-presidente do Conselho Deliberativo do Clube, em sua participação no Cachorrada Podcast, do Camisa 12.

Segundo Gropen, o atacante que era destaque do Goiás foi oferecido a Daniel Nepomuceno e Eduardo Maluf em 2016. Contudo, o presidente e o diretor de futebol já estavam em negociações avançadas com outro atacante que despontava na época: Clayton, que estava no Figueirense. 

“O Bruno Henrique foi (indicado ao Atlético). O Daniel (Nepomuceno) era o presidente e o saudoso Maluf era o diretor de futebol. Chega o Cacá (conselheiro) e fala: ‘olha, esse jogador aqui é bom, forte, alto, habilidoso, é Atleticano (tem um monte de foto dele com a camisa do Atlético), ele está no Goiás. 1,5 milhão de euros (R$ 6,5 milhões)’. Aí o Daniel: ‘Não tenho dinheiro’. O Cacá falou assim: ‘Eu empresto, depois você me paga’. Olha que coisa…. Mas a gente estava fechando com o Claytinho. Hoje é fácil criticar, mas ele (Clayton) era o atacante de beirada que todo mundo queria “.

Clayton firmou contrato de cinco anos com o Atlético em fevereiro de 2016, quando o Alvinegro desembolsou 3 milhões de euros (R$ 13 milhões na cotação da época) por 50% dos seus direitos. O Figueirense ainda recebeu o atacante Rafael Moura e o meia Dodô, por empréstimo.

Mesmo após estrear com gol no clássico com o América, o atacante oscilou durante a temporada e não se firmou, sendo emprestado ao Corinthians, em março de 2017. E é aqui que há mais uma volta. Bruno Henrique foi vendido pelo Goiás ao Wolfsburg, da Alemanha, mas por 4,5 milhões de euros (R$ 19 milhões na cotação da época). Também sem fazer sucesso na Alemanha, em janeiro de 2017, Bruno Henrique veio parar no Santos, que topou pagar 4 milhões de euros (R$ 13,5 milhões) aos alemães. Porém, a primeira opção do Peixe era Clayton, que teve a liberação negada pelo Atlético.

Tabém sem encontrar seu melhor futebol no Corinthians, no meio da temporada Clayton voltou à Cidade do Galo a pedido do então treinador Rogério Micale. Sem render, ele foi repassado ao Bahia, em agosto 2018. Após outra breve passagem pelo Atlético, ele foi emprestado ao Vasco, tendo seu contrato rescindido em 2020. Após uma temporada no Dynamo de Kiev, Clayton passou ainda pelo CSA, antes de chegar ao Londrina, onde está desde o ano passado, aos 27 anos.

Bruno Henrique, por sua vez, elevou seu nível no Santos, mas foi no Flamengo, a partir de 2019, que ele atingiu seu auge. Aos 32 anos, porém, Bruno Henrique tem sofrido com lesões.