Livrai nos do “Alzheimer”, amém!
Foto: Reprodução Internet
Betinho Marques
20/07/2020 – 04h00
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Mais uma vez eu vejo um Mineirão cheio
Vejo uma massa a cantar Rei…Rei…Rei
Olho para meu filho e lembro do Pássaro Negro de Ponte Nova
Essas coisas não acontecem mais
Mas eu sou muito Yesterday
Eu lembro de não existir e meu pai te chamar de Rei…
Recordo de um drible curto, uma leveza
Lembro de fígado com jiló e arroz com pequi
É Reinaldo, é domingo, é Let It Be
Nas noites atleticanas vejo um povo a sorrir
É um pássaro alvinegro, um sorriso aberto de quem faz uma Massa sorrir
Não se pode viver sem música
Quem viu Reinaldo conhece mais de meniscos do que de si
Nos domingos de sol vejo um povo a sorrir
Permita-me, Senhor, as histórias
Não deixe que falte o som da torcida
Não deixe que as fitas de vídeo se findem
Em tempos de camisas estrangeiras
Grato ao Youtube, por ver Reinaldo embalado em memórias
Permita que eu não esqueça das bandeiras tremulando
Que não apague da minha face uma corrida peculiar com short curto em direção à geral
Que eu consiga me lembrar dos recados e não desconhecer as fotografias guardadas em caixas de sapatos
Ahhh… A Camisa 9 dos punhos erguidos e do sorriso aberto usada em dias de glória
Que o “Alzheimer” não nos deixe definhando.
Estejamos livres a amar o novo lembrando de ontem
Buscando nas raízes os motivos por estarmos aqui
Que consigamos ser sofisticados com o simples, como Reinaldo
Um leve movimento e já não há zagueiros ali
Livrai-nos do “Alzheimer”, amém.
Mais uma vez eu vejo um Mineirão cheio
Vejo uma massa a cantar Rei…Rei…Rei
Mas eu sou muito Yesterday
Eu acredito no ontem
Domingo é Silvio Santos, mas só depois do Rei
Quero viver acreditando
Eu quero a leveza do simples
Não quero esquecer dos beijos da minha amada, nem de nada
Quero ver Reinaldo driblando como se estivesse pintando
Vou viver amando e que não seja olvidando.
“Livrai-nos do Alzheimer, amém.”