Dia de Santo – Jesus e as Crianças
Por Betinho Marques
Acompanhe com Blackbird, de Paul Mccartney
A terra parou e você chorou
Depositou ali a esperanças do seu país
Os sonhos de um dia feliz
Um pássaro preto do ninho de Santo Anastácio chegou
Por um apito você se separou da terra e desejou não mais existir
Incrédulo no ontem, no Yesterday
Via mais um sonho diluir o futuro…
Amanhã seria mais um dia de pânico
Nossos Wright’s estariam todos ali a tripudiar
As máscaras caindo e mais uma vez o “me ferrei”
Mas Deus quando enxerga crianças tira o peso da mão
Naquele lugar, naquele Horto, não havia adultos
Tudo era puro, tudo era criança sem mãe, sem pai e direção
Deus para quem crê e para quem nunca o tinha chamado ouviu:
Ó pai! Ó pai! Você pode descer aqui?
Numa prova de amor
Um pingo caiu do céu
Victor olhou pra cima e Dona Neusa ajoelhou no seu recanto de fé
Havia 8 milhões de crianças ali, meu Pai!
A flor do medo e da injustiça se distraiu
Nos riscos de Riascos o mundo correu
Um novo tempo ou o fim dos tempos?
Ao avesso, sem as mãos o Blackbird voou
O mundo explodiu em uma perna
E o céu se abriu
A noite virou dia
A terra rapidamente perguntou: posso continuar a girar?
O cara que manda lá em cima deu uma piscadinha de soslaio e disse: Vai lá!
O padeiro, antes rabugento acordou e fez o melhor pão, contou piada de lambuja
Quando o Galo vence, Jesus lá de cima sorri!
A terra voltou a girar
Os Casamentos eram lindos
As sogras amavam os genros
E os Wright’s estavam trancados na doença da indiferença
Victor libertador!