Se ainda não tinha vencido um clássico na Arena MRV, o Galo escolheu a melhor forma de quebrar o tabu e conquistar o primeiro triunfo sobre o rival na casa da Massa. Dominante, categórico e impiedoso, o time de Gabriel Milito não deu nenhuma chance ao Cruzeiro, que saiu com um 3 a 0 na sacola.
Um dos grandes personagens da partida foi o artilheiro Hulk, que, apesar de não ter colocado a bola nas redes, participou do segundo gol, com a assistência (sem querer) para Paulinho fazer o 2 a 0. Após a partida, o camisa 7 destacou a importância da partida, que tira o peso que estava sobre ele e seus companheiros:
“É uma vitória importante, pelos últimos jogos que tivemos com o rival aqui na nossa casa. Três jogos, duas derrotas e um empate. Era difícil ir para casa depois desses jogos. A torcida lamentando, e com razão, principalmente no primeiro jogo da final, que começamos com 2 a 0 e acabamos cedendo o empate, mas conseguimos o nosso objetivo, que era ser campeão Mineiro”.
“Sem dúvida (tira o peso). Quando você tem um tabu na nossa casa, que tem menos de um ano e tínhamos três jogos sem ganhar deles, isso é muito importante. Dedicar à nossa torcida. Como eu falei no jogo passado, nos vaiou, foi desnecessário, mas está sempre nos apoiando, como foi hoje, do começo ao final. Essa vitória vai para eles, que vêm nos fortalecendo mais a cada jogo”.
Hulk foi titular em todos os sete jogos da era Milito. A partida desse sábado (20), no entanto, marcou a primeira vez que o Incrível atuou os 90 minutos desde a chegada do treinador argentino.
Voando baixo na era Milito, Guilherme Arana foi mais uma vez protagonista em um clássico. Na primeira vitória sobre o rival na Arena MRV, o lateral-esquerdo contribuiu para engordar o placar e também na zoeira.
Autor do gol que definiu o imponente 3 a 0, o lateral-esquerdo, a exemplo do jogo do penta Mineiro, há duas semanas, no Mineirão, provocou fazendo o sinal do “chororô”. Após a partida, o camisa 13 disse acreditar que a zoeira está saindo de cena no futebol, que, segundo ele, está ficando chato:
“Está faltando isso no futebol, o futebol está muito chato. Eles brincaram com a gente quando ganharam aqui, eu zoei eles quando a gente foi campeão Mineiro, hoje também. Eu acho que isso tá faltando, o futebol está chato para caramba, você não pode fazer nada que ‘ah, falta de respeito, vou matar seu pai, vou te matar’. Que vai me matar…. Futebol é alegria. Quando ganha, tem que zoar mesmo. Se eles tivessem ganhado, iriam zoar. Isso faz parte do clássico”.
Feliz pela vitória e pelo time dar uma resposta à torcida, Arana aproveita para pedir à Massa que tenha um pouco mais de paciência com o time e seus companheiros, especialmente o zagueiro Jemerson, que, vaiado por alguns no início da partida, foi aplaudido por muitos ao ser substituído:
“A gente tinha que dar uma resposta para o nosso torcedor dentro de casa. Eu fiz até um desabafo ali, pedindo para o nosso torcedor ter um pouquinho de paciência, porque antes do jogo já começaram a pegar no pé do Jemerson. Isso não vai levar ninguém a lugar nenhum. Acho que tem que apoiar. Depois do jogo, pode vaiar. Antes do jogo, peço a compreensão. Claro que eu não sou maior que ninguém e nem advogado do Jemerson, porém eu acho que, com incentivo, vai dar mais confiança para ele. Ele já nos salvou bastante, tem que ser reconhecido. É importante a torcida apoiar. Eu nunca vi um jogador sair bem sendo vaiado, a confiança vai lá embaixo. (…) Incentivando, ajuda mais. Peço a compreensão da Massa”.
Um dos grandes destaques do time a partir da chegada de Gabriel Milito, Arana participou dos sete jogos sob o comando do treinador argentino até aqui. Decisivo, o lateral-esquerdo soma dois gols e quatro assistências no recorte. Antes do Mariscal, o camisa 13 tinha uma assistência em nove partidas.
“Nó tático”? Futebol ofensivo? Amplo domínio, intensidade, superioridade, criatividade e inventividade? Temos. Tudo isso você encontra no Atlético de Gabriel Milito, que nesse sábado (20), teve grande exibição na avassaladora vitória sobre o Cruzeiro, lavando a alma com o primeiro triunfo sobre o rival na Arena MRV.
O treinador argentino surpreendeu logo na escalação, que tinha apenas Jemerson como zagueiro de origem. Ao lado do defensor, o lateral-direito Saravia, que já nos acostumamos a ver na primeira linha de três defensores, e o volante Battaglia, que retornou de suspensão pela expulsão no empate sem gols com o Corinthians, na estreia no Brasileirão, quando já havia atuado na zaga.
Na entrevista coletiva após a partida, o Mariscal, além de comentar o que viu na partida, explicou o que pretendia com a formação inicial que mandou a campo e por que as peças foram dispostas de tal maneira.
“Battaglia como zagueiro era muito importante para a fase de início do jogo e também porque Matheus Pereira havia jogado a partida anterior de falso nove. Então, queríamos que Battaglia subisse para controlar o Matheus Pereira. Poderia ter jogado um zagueiro de origem, mas isso de subir ao meio-campo, sentimos que, com Battaglia, iríamos fazer melhor. Na fase de construção, quando um volante passa a jogar como zagueiro, ele tem muito mais calma e tranquilidade, porque sabe que não tem adversários atrás. Se joga de volante, teria que jogar de costas, tem a pressão dos volantes. Queríamos jogar mais de frente e que nos desse esse bom início com a bola. Esse foi o motivo. Entendo que Battaglia é um jogador que pode adaptar-se perfeitamente a essa posição, como havia feito contra o Corinthians”.
“Queríamos insistir hoje com essa posição de Battaglia, ter Otávio e Alan (Franco) como volantes, Paulinho e Zaracho na frente, para dar profundidade e muita amplitude, com Gustavo (Scarpa) pela direita e Arana pela esquerda. Tem um pouco a ver com a disposição do adversário em campo. Sem perder nossa forma e estilo, mas vamos decidindo como jogam os adversários, tanto na parte ofensiva como na parte defensiva”.
Depois de uma primeira etapa soberba, quando abriu 3 a 0 com certa facilidade e colocou o rival nas cordas, o Galo voltou do intervalo um pouco mais postado, com um ritmo um pouco mais baixo, como tem sido constante na era Milito. Segundo o comandante, nesse jogo específico, a mudança na organização do rival influenciou o jogo do Alvinegro. No contexto geral, ele acredita que o tempo de trabalho permitirá que o time tenha uma maior regularidade e consiga dominar a partida por completo:
“Hoje saiu muito bem. O primeiro tempo foi muito bom, tivemos muita contundência de frente para o gol, que foi algo que nos faltou na partida contra o Criciúma. Hoje, sim, tivemos um bom jogo, contundência, porque é importante fazer gols. (…) No segundo tempo, tivemos que jogar um pouco mais no contragolpe e, no primeiro tempo, tivemos muito mais autoridade, outro posicionamento, um jogo de alto nível. (…) Nossa intenção é dominar e controlar o jogo os 90 minutos. O primeiro tempo foi muito bom e se deu a partida que imaginávamos previamente, por como o Cruzeiro vinha jogando. No segundo tempo, mudaram sua organização tática, passaram a jogar com linha de cinco, de três zagueiros, aí tivemos um momento para adaptar-nos e demorou um tempo. Depois, logicamente, a equipe que está perdendo avança e tenta marcar gols, e a equipe que está ganhando tenta controlar e sair em contragolpe”.
“Não é o que mais gosto, mas nos falta tempo de trabalho. Tivemos, praticamente, sete jogos em 21 dias. Muitos jogos e poucos treinamentos, mas a equipe joga melhor a cada dia, mais como queremos e mais como eu sinto. Eu tento transmitir e convencer os jogadores a jogarem desta maneira, sobretudo porque sei que, com esses jogadores, posso fazer. Contamos com jogadores de muita qualidade. (…) Pouco a pouco vamos conseguindo essa regularidade de sermos dominantes 90 minutos. Sei que é muito difícil, por isso trabalhamos”.
Mais uma vez contente pelo rendimento, Milito dessa vez também celebra o resultado, principalmente pela importância do clássico e por como ele foi construído. Entretanto, o treinador ainda acredita que há margem para melhora:
“Estou muito contente pelo rendimento e pelo resultado, mas, com certeza, sempre há coisas para melhorar. Não está tudo bem por ter ganhado e não estava tudo mal por ter empatado com o Criciúma. Nos analisamos a partida contra o Criciúma, e a sensação era muito boa. Fomos melhores. Nos faltou marcar um gol para dar tranquilidade, mas o jogo foi muito bom. Hoje, que ganhamos, também há coisas para melhorar e corrigir. Todas as partidas te deixam algum aprendizado. Eu e os jogadores temos que aprender com as diferentes situações que vão ocorrendo para sermos melhores. Era muito importante ganhar o clássico, principalmente da forma que fizemos”.
O baile sobre o rival também foi a primeira vitória do Atlético no Brasileirão, que chega a cinco pontos somados na tabela de classificação. O próximo compromisso pelo nacional é no sábado (27), diante do Cuiabá, às18h30, na capital mato-grossense, em jogo válido pela quarta rodada do certame. Antes disso, porém, Milito e seus comandados entram em campo pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores, na terça-feira (23), às 21h, fechando uma sequência de três partidas na casa da Massa.
Quarto jogador estrangeiro com mais jogos com o Manto, 166, o argentino está subindo em outro ranking, servindo a especialidade da casa, após uma posse de bola de 1 minuto e 10 segundos e 18 passes antes da finalização de voleio, ele empatou com o venezuelano Savarino na 5ª posição entre os atletas não nascidos no Brasil com mais tentos pelo Alvinegro.
Agora, para subir na lista, o camisa 15 tem como objetivos alcançáveis a curto prazo o seu companheiro Vargas, que tem 24 gols, e o Venezuelano Otero, atualmente no Santos, que balançou as redes 26 vezes.
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A imponente vitória na Arena MRV no clássico deste sábado (20) teve um sabor ainda mais especial para o volante Otávio. O camisa 5 completou sua centésima partida com o Manto.
O volante chegou à Cidade do Galo para a temporada de 2022, vindo do Girondins de Bordeaux, da França, sem custos, uma vez que já tinha pré-contrato assinado com o Alvinegro, que conseguiu antecipar sua chegada em seis meses.
Em seus 100 jogos pelo Clube, Otávio soma duas assistências, incluindo o passe para o gol de Saravia que abriu o caminho para a virada no clássico que valeu o PentaCAMpeonato Mineiro. Além dessa conquista, sua galeria de títulos tem outros dois estaduais (2022 e 2023), alem da Supercopa do Brasil (2022).
Antes da bola rolar para o clássico válido pela terceira rodada do Brasileirão, logo mais, às 21h deste sábado (20), na Arena MRV, o diretor médico do Atlético, doutor Rodrigo Lasmar, atualizou a situação do lateral-esquerdo Rubens.
O prata da casa, que sofreu uma entorse no joelho esquerdo no início da partida diante do Criciúma, na última quarta-feira (17), teve constatadas a ruptura completa do ligamento colateral medial e uma lesão parcial do ligamento cruzado anterior no local.
Já realizando um tratamento conservador, o camisa 44 será reavaliado em até quatro semanas para observar a evolução da recuperação e determinar se será necessário que ele passe por uma cirurgia.
A lesão
Aos 10 minutos de bola rolando, o lateral-esquerdo, que estreava sob o comando de Gabriel Milito, retornando de um período fora por uma fratura na mão direita, deixou o campo de jogo com muita dor após um choque forte no joelho esquerdo.
Ainda durante a partida, Rubens já havia iniciado o tratamento e foi avaliado na Cidade do Galo nos dias seguintes, passando pelos exames de imagem que detectaram as lesões.
O Atlético de Gabriel Milito está escalado para o clássico diante do Cruzeiro, logo mais, às 21h deste sábado (20), na Arena MRV, jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
Só um zagueiro
São quatro novidades em relação ao time que começou diante do Criciúma, na quarta-feira (17). Com a lesão de Rubens, Guilherme Arana reassume seu posto na ala esquerda. No meio-campo, Battaglia, livre de suspensão, e Zaracho retornam.
A grande surpresa do Mariscal, porém, é na zaga. Mauricio Lemos e Igor Rabello, titulares diante do Tigre, vão, junto com Igor Gomes, para o banco, sendo Jemerson, que não atuou no meio de semana por conta de uma pancada sofrida na estreia contra o Corinthians, o início zagueiro de origem presente na escalação.
Everson; Saravia, Jemerson e Guilherme Arana; Otávio, Battaglia, Alan Franco, Zaracho e Gustavo Scarpa; Paulinho e Hulk.
Matheus Mendes, Maurício Lemos, Igor Rabello, Rômulo, Mariano, Igor Gomes, Pedrinho, Vargas, Alan Kardec, Isaac, Cadu e Alisson são as opções para o decorrer da partida.
O Atlético acaba de confirmar a saída do meio-campista Edenílson para o Grêmio. Na negociação, o Alvinegro libera o atleta do contrato que era válido até o final deste ano, então Ed assina com o Tricolor até o final de 2025.
Desejo antigo do Atlético, o jogador de 34 anos chegou a negociar com o Clube para a temporada de 2022, mas só chegou à Cidade do Galo um ano mais tarde, em operação que rendeu R$ 6 milhões ao Internacional.
Apesar de ter tido chances de mostrar serviço tanto com Eduardo Coudet quanto com Luiz Felipe Scolari, o ex-camisa 8 nunca conseguiu engatar uma grande sequência de jogos e se firmar no time titular, sendo, inclusive, um dos principais alvos de críticas por boa parte da Massa.
Edenílson deixa o Atlético com 60 partidas disputadas, três gols, duas assistências e dois títulos Mineiros, conquistados em 2023 e 2024.
Com o treino da tarde desta sexta-feira (19), Gabriel Milito e seus comandados encerraram a curtíssima preparação para o clássico deste sábado (20), às 21h, na Arena MRV, válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
Desfalques
Após sofrer uma entorse no joelho esquerdo ainda aos 10 minutos de bola rolando no empate diante do Criciúma, na Arena MRV, na última quarta-feira (17), o lateral-esquerdo Rubens segue o tratamento fisioterápico, mas ainda não teve a extensão de sua lesão confirmada. Já é certo, porém, que ele não terá condições de atuar. O volante Paulo Vitor, se recuperando de cirurgia no tornozelo, segue fora de combate.
O zagueiro Bruno Fuchs e o atacante Brahian Palacios foram liberados pelo departamento médico nesta sexta-feira. Porém, entregues à preparação física, ainda não devem estar à disposição para este compromisso.
Mais mudanças
Por outro lado, o volante Battaglia, que cumpriu diante dos catarinenses, deve voltar ao time titular. O zagueiro Jemerson, fora na quarta por conta de uma pancada sofrida na partida de estreia na competição, contra o Corinthians, também reforça o time do Mariscal.
Sendo assim, Igor Rabello, substituto na zaga contra o Tigre, deve voltar a ficar como opção. Guilherme Arana e Zaracho, que começaram no banco, reassumem seus postos na lateral-esquerda e no meio-campo, respectivamente, saindo o lesionado Rubens e Igor Gomes. Ainda no meio, Otávio, Alan Franco e Gustavo Scarpa brigam por duas vagas.
Desta forma, o Galo de Milito deve ir a campo com Everson; Saravia, Mauricio Lemos, Jemerson e Guilherme Arana; Battaglia, Otávio (Gustavo Scarpa), Alan Franco (Gustavo Scarpa) e Zaracho; Paulinho e Hulk.
No treino da tarde desta sexta-feira (19), o último antes do clássico, neste sábado (20), na Arena MRV, o zagueiro Bruno Fuchs e o atacante Brahian Palacios foram liberados pelo departamento médico do Atlético.
O camisa 3 ficou fora de combate por dez dias, devido a um edema na coxa direita, perdendo as três últimas partidas, mas já vinha realizando trabalhos no campo.
O colombiano, que ainda não fez sua estreia com o Manto, tratava uma lesão muscular também na coxa direita, sofrida há cerca de três semanas.
Entregue à preparação física, a dupla ainda não deve estar à disposição da comissão técnica para o confronto diante do Cruzeiro, válido pela terceira rodada do Brasileirão, a partir das 21h deste sábado (20), na casa da Massa.
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